O Lixo plastico e a destruição do planeta
Ao longo dos 26.000 anos de civilização, a ocupação da natureza e o uso de recursos naturais pelos humanos geraram impactos significativos. No final da Idade do Bronze, assistimos à extinção da megafauna e à erradicação de florestas de ciprestes e coníferas na Grécia e no Oriente Médio. No entanto, esses impactos não ameaçavam a existência de determinados biomas nem da própria humanidade.
O pensamento dominante era que a natureza e todos os recursos estavam à disposição do homem, independentemente das consequências para outros seres. No entanto, a partir da Revolução Industrial, em meados do século XIX, a destruição do planeta começou de forma irresponsável e inconsequente, ameaçando a própria existência da humanidade e da Terra como um todo.
Em 1862, na busca por um material que substituísse a borracha (látex), Alexandre Parkes deu início à criação dos polímeros. Em 1870, surgiu a parkesina, e logo depois o celuloide, criado para substituir o marfim na produção de bolas de bilhar e outros fins, não por uma preocupação com a preservação da espécie, mas pelo alto custo do marfim. Em 1907, Leo Hendrik Baekeland desenvolveu o baquelite, o primeiro plástico sintético, combinando ácido carbólico (fenol) com formaldeído.
Desde então, centenas de polímeros foram desenvolvidos para diversas utilidades, como o poliéster (1932), o PVC (1939), o teflon (1941) e o silicone (1943), cada um com características distintas e aplicações diversas. Atualmente, são produzidas 250 milhões de toneladas de plástico por ano para atender à demanda em todas as áreas.
Principais Consequências do Lixo Plástico
O Lixo plástico pode levar até 400 anos para se decompor. Alguns cientistas acreditam que nanopartículas plásticas permanecem no meio ambiente por tempo indeterminado. A falta de espaço nos aterros sanitários agrava o problema. De acordo com a pesquisa da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública), realizada em 2020, no estado de Alagoas, 95% do plástico e lixo produzido é descartado de forma inadequada.
O descarte inadequado de Lixo plástico causa danos aos rios e redes de águas pluviais, resultando em enchentes. Parte desse lixo acaba nos oceanos, onde o plástico se degrada em partículas menores sob a exposição solar e radiação ultravioleta (UV), criando microplásticos. Esses microplásticos são ingeridos por peixes, tartarugas e aves, causando uma morte lenta e dolorosa. Algumas nanopartículas se incorporam aos tecidos orgânicos dos peixes e são consumidas pelos humanos, causando câncer e diversas patologias. Recentemente, foram detectadas nanopartículas plásticas no sêmen de pessoas do Oriente.
Estima-se que até 2050 haverá mais lixo plástico nos oceanos do que peixes e outros organismos marinhos. O lixo plástico é responsável pela morte de 500.000 animais marinhos por ano, incluindo tartarugas, aves, peixes e crustáceos. A grande quantidade de plástico impede a penetração do oxigênio nos sedimentos, comprometendo o ciclo bioquímico da flora marinha e causando a morte de algas e corais. Das sete espécies de tartarugas marinhas catalogadas, cinco correm risco de extinção, segundo a ONG União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Se o ritmo de produção e descarte de plástico não diminuir, em 2050 haverá 12 milhões de milhas de plástico na superfície dos oceanos. Atualmente, 91% do plástico produzido não é reciclado. Segundo o jornal The Guardian, 1.000.000 de garrafas plásticas são produzidas por minuto, e apenas 7% são reutilizadas ou convertidas em outras garrafas. Além disso, 500 bilhões de sacolas plásticas são produzidas anualmente, levando 200 anos para se degradarem. O descarte inadequado dessas sacolas entope passagens de água em córregos, rios e galerias de águas pluviais, contribuindo para enchentes e, quando chegam aos oceanos, causam ainda mais danos. Por serem feitas de polietileno, cuja origem é o petróleo, sua decomposição gera gás carbônico, contribuindo para o efeito estufa.
Cada brasileiro gera em média 500 gramas de lixo por dia, enquanto nos Estados Unidos essa média varia de 3 a 4 kg, dependendo do estado. Na natureza, toda matéria orgânica se decompõe rapidamente, tornando a terra fértil em 2 a 6 semanas. Embalagens de papel levam de 3 a 6 meses, pontas de cigarro 2 anos, chicletes 5 anos, nylon 30 anos, tampas de garrafa 140 anos, isopor 400 anos, plástico 450 anos, fraldas descartáveis 450 anos e absorventes 100 anos para se decompor.
Cada brasileiro gera em média 500 gramas de lixo por dia, enquanto nos Estados Unidos essa média varia de 3 a 4 kg, dependendo do estado. Na natureza, toda matéria orgânica se decompõe rapidamente, tornando a terra fértil em 2 a 6 semanas. Embalagens de papel levam de 3 a 6 meses, pontas de cigarro 2 anos, chicletes 5 anos, nylon 30 anos, tampas de garrafa 140 anos, isopor 400 anos, plástico 450 anos, fraldas descartáveis 450 anos e absorventes 100 anos para se decompor.
Plásticos de uso único, como copos descartáveis, cotonetes, canudos, mexedores de café e filtros de cigarros, são especialmente problemáticos. No estado de São Paulo, os canudos plásticos foram banidos pela Lei Estadual 17.110/2001 e pelo Decreto Lei 64.527/2019.
Cada brasileiro gera em média 500 gramas de lixo por dia, enquanto nos Estados Unidos essa média varia de 3 a 4 kg, dependendo do estado. Na natureza, toda matéria orgânica se decompõe rapidamente, tornando a terra fértil em 2 a 6 semanas. Embalagens de papel levam de 3 a 6 meses, pontas de cigarro 2 anos, chicletes 5 anos, nylon 30 anos, tampas de garrafa 140 anos, isopor 400 anos, plástico 450 anos, fraldas descartáveis 450 anos e absorventes 100 anos para se decompor.
Principais Lixões no Mundo
- Lixão de Dandora, Quênia: Aproximadamente 850.000 toneladas de lixo.
- Lixão de Laogang, China: Cerca de 9.000 toneladas de lixo por dia.
- Lixão de Bordo Poniente, México: Aproximadamente 12.000 toneladas de lixo por dia.
- Lixão de Jardim Gramacho, Brasil (atualmente desativado): Já recebeu até 8.000 toneladas de lixo por dia.
- Lixão de Sudokwon, Coreia do Sul: Aproximadamente 18.000 toneladas de lixo por dia.
Impacto do Lixo na Região Nordeste do Brasil
A região Nordeste do Brasil enfrenta desafios específicos relacionados à gestão inadequada de resíduos sólidos. Devido à infraestrutura deficiente e à falta de políticas eficazes de gestão de lixo, muitos municípios do Nordeste ainda dependem de lixões a céu aberto para descarte de resíduos. Isso resulta em sérios problemas ambientais e de saúde pública.
Principais Impactos
- Contaminação de Recursos Hídricos: Lixões a céu aberto frequentemente contaminam lençóis freáticos e cursos d’água, afetando a qualidade da água utilizada pela população para consumo e agricultura.
- Proliferação de Doenças: O acúmulo de lixo atrai vetores de doenças, como mosquitos, ratos e outros animais, aumentando a incidência de doenças transmitidas por esses vetores.
- Danos à Fauna e Flora: O descarte inadequado de resíduos afeta negativamente a biodiversidade local. Animais silvestres podem ingerir resíduos plásticos e outros materiais tóxicos, levando à morte e à redução das populações locais.
- Problemas Sociais: Catadores de lixo que trabalham em condições insalubres nos lixões enfrentam riscos à saúde e à segurança, além de condições de trabalho precárias.
Cidades com Aterros Sanitários na Região Nordeste
Apesar dos desafios, algumas cidades na região Nordeste possuem aterros sanitários que seguem padrões mais adequados de gestão de resíduos. Entre elas estão:
- Salvador, Bahia: Aterro Metropolitano Centro, situado no município de Simões Filho.
- Recife, Pernambuco: Aterro Sanitário de Muribeca.
- Fortaleza, Ceará: Aterro Sanitário Metropolitano Oeste, no município de Caucaia.
- Teresina, Piauí: Aterro Sanitário de Teresina.
- Natal, Rio Grande do Norte: Aterro Sanitário de Ceará-Mirim.
- São Luís, Maranhão: Aterro Sanitário de Ribeira.
- Caruaru, Pernambuco: Aterro Sanitário de Caruaru.
- Petrolina, Pernambuco: Aterro Sanitário de Petrolina.
- Garanhuns, Pernambuco: Aterro Sanitário de Garanhuns.
Universidades e Organismos Científicos que Tratam do Lixo Plástico
- Universidade de São Paulo (USP): Possui pesquisas avançadas sobre a degradação de plásticos e métodos de reciclagem.
- Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP): Desenvolve estudos sobre a reutilização de resíduos plásticos e a criação de bioplásticos.
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE): Realiza pesquisas sobre a gestão de resíduos sólidos urbanos e o impacto ambiental do lixo plástico.
- Universidade Federal do Ceará (UFC): Estuda alternativas sustentáveis para a substituição de plásticos convencionais e o tratamento de resíduos.
- Greenpeace: Organismo internacional que promove campanhas contra a poluição plástica e incentiva políticas de redução de uso de plásticos.
- World Wildlife Fund (WWF): Realiza estudos e campanhas sobre a redução do lixo plástico nos oceanos e seus impactos na fauna marinha
- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (ABRELPE): Publica relatórios anuais sobre a gestão de resíduos sólidos no Brasil e promove a reciclagem e a compostagem.
- Plastic Pollution Coalition: Organização global que trabalha para reduzir o uso de plásticos descartáveis e promove a conscientização sobre a poluição plástica.
Sugestões para a Destinação Adequada do Lixo
- Redução e Reutilização: Promover a redução do consumo de produtos descartáveis e incentivar a reutilização de materiais sempre que possível. Adoção de políticas que restrinjam o uso de plásticos de uso único e promovam alternativas sustentáveis.
- Reciclagem Eficiente: Melhorar as infraestruturas de reciclagem, ampliando a capacidade de processamento de materiais recicláveis. Incentivar a coleta seletiva e a conscientização pública sobre a importância da reciclagem.
- Compostagem: Promover a compostagem de resíduos orgânicos como forma de reduzir a quantidade de lixo enviada aos aterros e melhorar a fertilidade do solo.
- Educação Ambiental: Implementar programas de educação ambiental nas escolas e comunidades para conscientizar sobre a importância da destinação adequada do lixo e o impacto ambiental do descarte inadequado.
- Incentivos Governamentais: Criar incentivos fiscais e financeiros para empresas que adotam práticas sustentáveis de gestão de resíduos e para iniciativas de reciclagem e reutilização de materiais.
Fontes para Pesquisa sobre Efeitos do Lixo no Planeta
- Plastic Pollution Coalition – Plastic Pollution Coalition
- Greenpeace – Greenpeace
- World Wildlife Fund (WWF) – WWF
- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (ABRELPE) – ABRELPE
- The Guardian – The Guardian – Plastic Pollution
- Union for Conservation of Nature (IUCN) – IUCN
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