Explorando o Bioma dos Bosques de Altitude
O bioma dos bosques de altitude é uma preciosidade natural tão ameaçada quanto a Mata Atlântica. No entanto, sua importância para a preservação dos aquíferos é igualmente significativa. A história desse bioma remonta a cerca de 10.000 anos, quando mudanças climáticas deram origem a ilhas de vegetação em serras com altitudes que variam de 600 a 1200 metros.
Entre essas áreas destacam-se os maciços cristalinos do Ceará, como os da Meruoca, Uruburetama/Irauçuba e Baturité, assim como a Serra do Teixeira, onde encontramos o ponto mais alto da Paraíba, o Pico do Jabre. Além disso, a Serra do Triunfo, em Pernambuco, abriga o Pico do Papagaio, ponto mais elevado do estado.
Os bosques de altitude proporcionam um ambiente distinto e único no semiárido nordestino, com temperaturas amenas e solo fértil, além de inúmeras nascentes de água potável e mineral. As chuvas, originadas pela formação de nuvens sobre o oceano Atlântico, são essenciais para alimentar o lençol freático e dar origem a rios, riachos e córregos que sustentam a vida na região.
No entanto, a colonização e ocupação desses bosques, iniciadas no século XVII, resultaram em desmatamento para dar lugar à agricultura e exploração da madeira. O cultivo de café, a partir do século XIX, intensificou ainda mais o desmatamento, apesar de ser sombreado por árvores nativas como o cajueiro, o ingazeiro e algumas espécies exóticas como a jaqueira, entre outras.
Atualmente, os brejos de altitude apresentam características botânicas distintas, divididas em dois tipos: a Floresta Ombrófila Aberta tipo sub-montana, encontrada em altitudes entre 100 a 600 metros, e a Floresta Estacionária ou Ombrófila Aberta tipo montana, presente em altitudes superiores a 600 metros.
Apesar de sua importância ecológica, os brejos de altitude ainda são pouco estudados. Muitos municípios na região da Serra da Borborema, como Garanhuns (PE) e Bananeiras (PB), situam-se em áreas de brejo ou próximos a essas regiões, devido à abundância de água em comparação com o entorno semiárido.
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Bibliografia:
- Corrêa, A. C. B., Cavalcanti, B. de A., Araujo, K., Souza, L. C., & Lira, D. R. (2010). Megageomorfologia e Morfoestrutura do Planalto da Borborema. Revista do Instituto Geológico, 31(½), 35-52.
- IBGE. Triunfo. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/triunfo/historico. Acessado em 22 de outubro de 2023.
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